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Edição radiofônica é a forma de se construir de maneira mais organizada uma reportagem ou uma sequência de sonoras capazes de relatar um fato jornalístico, segundo Heródoto Barbeiro, em "Manual de Radiojornalismo". As edições devem ser enxutas, ricas em conteúdo e didáticas, para que o ouvinte saiba do que se está falando.
Dependendo do tipo de programa que vai para o ar, a edição varia sob diferentes aspectos. Num programa de variedades o texto de abertura deve ser coloquial, invocativo, para aproximar o ouvinte do assunto que vem a seguir. O locutor deve intervir a cada quatro minutos repetindo a informação mais importante. Já um jornal falado deve passar por uma edição especial, que reduza a matéria ao menor tempo possível sem diminuir o seu valor informativo.
O autor explica que o editor pode construir uma matéria usando sonoras obtidas pelos repórteres, além de entrevistas dos âncoras no estúdio e de emissoras de televisão autorizadas. O editor também deve limpar a sonora, eliminando longos períodos de silêncio, tosses e demais imperfeições. As edições devem terminar com uma nota pé que reitere a informação principal, acrescente um dado novo e lembre do nome do entrevistado.
Uma das edições radiofônicas mais famosas da história foi o especial "A Guerra dos Mundos", transmitido em 1938 pela CBS. O programa era uma adaptação da obra homônima do escritor inglês H. G. Wells sobre a invasão da terra por marcianos.